MODA, PRODUTOS E SERVIÇOS ALTERNATIVOS:
VIOLÕES DE LUTHIERIA
O violão é um instrumento que incorpora e combina a todos os ritmos, tribos, culturas, raças, etnias, crenças e faixas etárias.

Suas formas compostas de retas e curvas, fios, metais, sobretudo a madeira, que tornam-se a extensão de quem o toca, recostado ao peito, pressionando e dedilhando suas cordas que a princípio causam dor mas expressa a dedicação, sacrifício e entrega ao instrumento.
Em meio ao cotidiano que se vive, onde a música é um fator muito influente para agregar, reunir, motivar e ajudar a estabelecer relações entre as pessoas, dos mais variados níveis, o violão é um instrumento, de fácil aquisição. Esse objeto de origem não definida carrega em sua história uma cultura sem igual. Adaptou-se a diversas culturas sem perder suas características. É um instrumento de cordas que não escolhe idade ou classe social para ser tocado.

Entre eles, os instrumentos musicais. O violão em particular oferece à moda um diálogo estético e também um diálogo intangível, através da música que soa de suas cordas. Pertencente a inúmeros ritmos, culturas, e faixas etárias, sendo um instrumento democrático e agregador, explica por si só a escolha deste objeto como estudo e inspiração.
Abordando a sua produção artesanal: a Luthieria e sua evolução. O processo de produção do instrumento é tão trabalhado como uma peça de moda, os detalhes presentes em um violão assim, como em uma peça de roupa podem fazer toda diferença. Há um conceito e um cuidado excessivo para que todas as peças e encaixes estejam em harmonia, caso contrario o som produzido não será de qualidade. A Luthieria também possibilita a criação de violões personalizados criando um vínculo entre o objeto e seu dono.
Com essa perspectiva criou-se uma relação entre a Moda e esse produto chamado Violão, ambos nos apresentam inúmeras possibilidades de criação, expressão e com o desenvolvimento desse estudo apresenta-se abaixo uma mini-coleção de moda, que agregue as possibilidades e articulações desses dois temas.
C A T Á L O G O V I R T U A L
** Modelo: Ana Cristina Novaes
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http://youtu.be/lqZHV7pxU1w
Marginalizado, mas popular, invadiu espaços inimagináveis, embalou as rádios na década de 1920, o eixo Rio - São Paulo com seus “chorões”, conquistou o mundo com o balanço da Bossa Nova, podendo-se dizer que o violão é um estrangeiro com nacionalidade brasileira.


LUTHIEIRIA: CONSTRUÇÃO DO VIOLÃO
Luteria, ou liuteria, termo de origem italiana, ou Luthieria ou luthier do francês, denominava o instrumento alaúde (liuto), e liutaio quem faz alaúdes, hoje refere-se ao profissional que restaura e constrói instrumentos musicais de corda de modo artesanal.
Os instrumentos feitos por um luthier têm por excelência um trabalho dedicado aos detalhes, formando o diferencial de cada produto adequado às necessidades do instrumentista por ser um trabalho personalizado.
Os violões de luthieria são tradicionalmente acústicos - embora também sejam construídos elétricos ou eletro-acústico - e a amplificação de seu som é feita naturalmente pela sua caixa de ressonância (o corpo). O tamanho da caixa de ressonância define a acústica do instrumento e determina o espaço de reverberação, logo, caixas maiores e laterais largas possuem o som mais grave e caixas menores com laterais estreitas som mais agudo. A espessura da madeira utilizada determina o sustain (sustentação das notas) além de enfatizar os graves, quanto mais fina maior o sustain e os graves, e mais grossa o som é mais aberto e menor sustain, sendo que tudo isso dentro de um limite aceitável de espessura.
Segundo José Vasconcelos, em seu livro Acústica Musical e Organologia, cada parte do violão exige um tipo de madeira diferente. No tampo são utilizadas madeiras mais claras e com baixo peso especifico como o abeto europeu, spruce e cedro, com uma espessura uniforme de 2,5 mm.. Nas laterais e fundo, madeiras mais escuras e densas, como o jacarandá-da-bahia e o mogno, a roseira ou maple (produção industrial), com uma espessura também de 2,5 mm e nas escalas além de escuras e densas, é necessário que sejam resistente suportar a tensão das cordas, como ébano africano.
Internamente, estas duas tampas possuem diversas travessas de madeira coladas, formando diversos desenhos. Estas travessas de madeira servem para fortificar as tampas, que de outro modo se danificariam facilmente, dada sua grande dimensão e pequena espessura.
As propriedades acústicas do instrumento são certamente ditadas pela geometria destas travessas internas, pois elas estabelecem regiões nodais sobre as tampas do instrumento. A tampa superior, acusticamente é muito mais importante do que a tampa inferior, pois é ela quem recebe diretamente o som das cordas através do cavalete.
Essas madeiras são tradicionais na construção do violão a séculos, mas atualmente é controlada a aquisição desse material pelo governo federal, por ser considerado crime ambiental a venda indevida, já que os melhores violões são produzidos com madeiras de aproximadamente 800 anos.
Além das madeiras nobres usadas na fabricação do violão, um detalhe que enriquece ainda mais o instrumento são as rosetas, decoração ao redor da boca do violão, que podem ser encontradas com a técnica de marchetaria - é o trabalho em madeira que consiste em incrustar, embutir ou aplicar peças recortadas de madeira, marfim, metal e de outros materiais de diversas cores sobre peça de marcenaria, formando desenhos variados com geométricos e orgânicos. Nos violões renascentistas, barroco, vihuelas e alaúdes, as rosetas eram talhadas no próprio tampo.
As tarrachas possuem extrema importância para afinação do instrumento. A marca mais reconhecia mundialmente é a Graf, que oferecem produtos que valorizam o instrumento além da funcionalidade impar. Feitas em prata; banhadas a ouro, prata ou platina; com botões em madrepérola, ébanos; com desenho esculpido a mão com modelos variados, como estilo rococó, ou personalizado pelo cliente, agregam mais valor ao instrumento, como se fosse uma jóia.
Mais que um simples objeto feito de madeira e metais, que ganha formas nas mãos de um Luthier com seu trabalho minucioso, e porque não, ritualista, o Violão, possui um simbolismo que transcende sua fabricação, sendo um produto que promove a interação, seja de quem o toca como das pessoas que apreciam, acariciando os sentidos com seus derivados: a Música.
Esse instrumento tão flexível e popular que um dia foi considerado coisa de vagabundo, hoje carrega consigo o grande poder de adequar-se a qualquer ambiente ou estilo.
Inspiração para tantas canções, companheiro fiel das alegrias e tristezas, o violão torna-se a extensão de seu dono, que modifica seu corpo, e como nenhum outro instrumento estabelece um contato direto, sendo determinante na execução de seu som.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
___________. NBR 14724/2002. Diretrizes e normas para apresentação de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2005
BENNETT Roy. Uma breve história da música.[?]ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986.
CHAMPIGNEULLE, Bernard. História da Música. 2 ed. São Paulo:, 1961.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Aurélio século XXI: O dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
TAUBKIN, Miriam. Violões do Brasil. 2 ed. São Paulo: SENAC, 2007. Acompanhado de DVD.
TELES, Ricardo Faustino. Avaliação de madeiras amazônicas para utilização em instrumentos musicais. 2004. Relatório Final de Projeto PIBIC ( Graduação em Engenharia Florestal). Universidade de Brasília: DF, 2004.
VASCONCELOS, José. Acústica Musical e Organologia.[?]ed. Porto Alegre: Movimento, 2002.
WILLIANS, Jim. A guitar maker manual. 3 ed. Austrália: Guitar craft, 1990
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
ABRAHÃO, Christovão, FINAMORE, Luiz. Violão 7 Cordas, Minas Gerais. 12 set. 2008. Disponível em:
HEINZL, Alberto. Uma breve história do violão,. São Paulo. 11 set. 2008. Disponível em:
LAZARO, Roberto. História do Violão. 11 set. 2008. Disponível em:
Música Erudita – Géneros. Movimentos cidadãos por góis cultura. 11 set. 2008
Disponível em:
O que é Marchetaria. Marchetaria, Minas Gerais. 20 set. 2008. Disponível em:
ROSCHEL, Renato. Música Popular do Brasil. Banco de dados da Folha, São Paulo. 12 set. 2008. Disponível em:
Disponível em :
ROSCHEL, Renato. Música Popular do Brasil. Banco de dados da Folha, São Paulo. 12 set. 2008. Disponível em:
CRÉDITOS
DAYANA SILVA VIEIRA
LILIAN MARIA RIBEIRO MARQUES
MARIA CECÍLIA AMARAL
VIVIANE FERREIRA
A INFLUÊNCIA DA CULTURA JAPONESA NO CONTEXTO DO HOMEM URBANO
O homem urbano é diariamente bombardeado por inúmeras informações que o conduzem às mudanças e à busca incessante do novo e moderno. Diante desse contexto, o homem vem perdendo suas referências e sua identidade.

Diante do vasto contexto que abrange o homem urbano, observa-se como tendência um resgate de tradições como fuga, justamente para deslocar esse homem do desenvolvimento tumultuado da cidade para o oposto: as recordações, a harmonia, tranquilidade e qualidade de vida. Dentre as possíveis tradições que se enraizaram no Brasil, a cultura japonesa, frente a sua riqueza de elementos decorre de uma grande aceitação na sociedade brasileira.




E comparando os resultados da pesquisa, foi detectado a importancia deste nicho no mercado. Pensando isso, um grupo de estudantes de moda, realizou um trabalho universitário- uma coleção de moda- voltado para esse perfil, se focando no público das garotas, que se vestem como lolitas, inspiradas, nas lolitas góticas do Japão, e em seus animes preferidos, que trazem personagens com esse estilo.
CATALOGO VIRTUAL
**Modelo: Daiana Aparecida Hatano
Abaixo, segue um vídeo, com o make off e também com a coleção desenvolvida.
Confira também no link: http://www.youtube.com/watch?v=ETW9yfZtAuU
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002ª
P
______. NBR 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro, 2003b.
F
______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação.Rio de Janeiro, 2002b.
D
______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação.Rio de Janeiro, 2002c.
EDITORA JBC. Guia da cultura japonesa. São Paulo: Editora Jbc – Japan Brazil C.
EDITORA JBC. Uma viagem pelo Japão. São Paulo: Editora Jbc – Japan Brazil C
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Aurélio século XXI: O dicionário da língua portuguesa. 3. ed. totalmente rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
DO
O CENTENÁRIO DE UMA SAGA: revista Veja. São Paulo: Editora Abril. 12/12/2007. Semanal
O MISTERIOSO MUNDO DAS GUEIXAS: revista Isto é. São Paulo: Editora Três. 22/03/2006. Semanal
REVISTA MADE IN JAPAN. São Paulo: Editora JBC. Mensal
TURNBULL, Stephen. Enciclopédia dos Samurais. São Paulo: Editora Jbc - Japan Brazil C
Outras Fontes:
Acesso em 28 mar.2008
Acesso em 18 mar. 2008
Acesso em 20 mar. 2008
Acesso em 19 mar. 2008
Acesso em 19 mar. 2008
Acesso em 16 mar. 2008
Acesso em 19 mar. 2008
Acesso em 20 mar. 2008
Acesso em 23 mar. 2008
Acesso em 19 mar. 2008
CRÉDITOS:
Daiana Carbonari
Daiana Aparecida Hatano
Maria Cecília Amaral
Realização:
São Paulo, 2008
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Desenvolver o projeto interdisciplinar sobre a cultura japonesa na Universidade foi uma experiência muito rica. Foi um projeto extremamente gratificante, desde a sua pesquisa ao seu desenvolvimento.
Descobri o mundo dos animes e games, das lolitas e cosplayers, o lado "POP" dessa cultura também tão tradicional.
Foi sem dúvida, uma dos projetos em que mais tive prazer em atuar, pensando em produtos para o público Teen, viajamos em idéias, conceitos, criações.
Tentando traduzir esse "japão pop" em um produto comercial, mas carregado de conceito.
Segue abaixo alguns desenvolvimentos meus:
A MODA E A IMAGEM DO CORPO RELACIONADAS À
POLÍTICA
A moda e política são duas forças que caminham paralelamente juntas, devido os interesses de ambas serem refletidos na imagem e no poder. Pode-se constatar que o corpo está na moda, sendo considerado um objeto manipulado para apresentar suas formas mais perfeitas, se assimilando a política que de certa forma manipula seus interesses realizando a arte de dirigir e administrar determinadas relações preocupando-se sempre com a imagem.

A ditadura foi caracterizada pela repressão política, luta armada, violação de direitos e censura, o golpe militar resultou da prolongada luta do povo pela democracia, surgindo assim diversos movimentos com um único objetivo. Nos anos 60, pela primeira vez, a moda focaliza os jovens, sendo caracterizados pelo desejo de se rebelar, a busca por liberdade de expressão e liberdade sexual. O movimento estudantil passa a ser visto como um movimento nacional de resistência ao governo e de luta pelas liberdades democráticas. O final da década de 60 representa uma época de muita incerteza, surgindo assim dois novos movimentos que afetaram a moda: a revitalização da volta à natureza e o impacto do movimento feminista. A moda ultrapassa os limites do vestir propriamente dito para dialogar com a sociedade e o tempo em que se insere expressar opiniões, firmar atitudes, revelar comportamentos.

Durante o desenvolvimento desta coleção, concluímos a ligação que há entre a moda e a política e quanto a moda foi influenciada por esta.
Como no caso do golpe militar, com o fim das criações do estilista Dener para a então primeira dama da época, Maria Teresa Goulart , o movimento estudantil de 1968, o surgimento da tropicália e dos mutantes, entre outros.
e uma forma geral, Maria Teresa Goulart, primeira dama no início da década de 60, foi uma grande influência para a sociedade nessa década, com sua maneira de se vestir.
Acompanhe abaixo a coleção desenvolvida:
CROQUIS CONFECCIONADOS:
Catálogo Virtual
ALENCAR, Álvaro Duarte. História do Brasil: Evolução econômica, política e social. São Paulo: Saraiva.
D
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002ª
P
______. NBR 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro, 2003b.
F
______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação.Rio de Janeiro, 2002b.
D
______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação.Rio de Janeiro, 2002c.
D
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Aurélio século XXI: O dicionário da língua portuguesa. 3. ed. totalmente rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
D
SCHMIDT, Mario. Nova História Crítica do Brasil: 500 anos de história mal contada. São Paulo: Nova Geração, 1997.
F
VICENTINO, Claúdio; MOURA José Carlos Pires. História Coleção Anglo. São Paulo: Anglo.
D
Outras Fontes:
Acesso em 23 ago. 2007.
Acesso em 23 ago. 2007.
Acesso em 23 ago. 2007.
Acesso em 15 set. 2007.
Acesso em 17 set. 2007.
Acesso em 15 set. 2007.
Acesso em 22 ago. 2007.
Acesso em 16 set. 2007.
Acessado em 15 set. 2007.
CRÉDITOS:
Allana Donda
Lilian Andressa S. Silva
Maria Cecília Amaral
Natália Cardona Bennemann
Nathália de Almeida Freire
Patrícia Prado Murijo
Tatiana CarneiroSão Paulo, 2007
negras e européias, de uma forma rica e única, revelando assim, a cultura e identidade brasileira..
Conceito e IDENTIDADE
nela têm seu significado e sua experiência vital. Expressam o conjunto da vida,
da espiritualidade e da crença de um povo.
Isto é o que se busca retratar no vestuário proposto. Mostrar o simbolismo presente nos elementos que nele serão apresentados.
COLEÇÃO :
CRÉDITOS:
Bruna Prietto Moreira
Lilian Maria Marques Ribeiro
Maria Cecília Amaral
Renata Marques Trevizan
Tatiana Chagas Carneiro
Realização em São Paulo, 2007