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quarta-feira, 9 de março de 2011

Contextualizando o Carnaval





Seguindo por uma definição genérica, o Carnaval é uma festa popular coletiva, que foi transmitida oralmente através dos séculos. Chamada de festas pagãs como um fenômeno social anterior a era cristã.






Alguns estudiosos afirmam que a comemoração do carnaval tem suas raízes em festas primitivas, de caráter orgíaco, realizada em homenagem ao início da primavera, em rituais agrários da antiguidade e em homenagem aos Deuses Celtas da fertilidade.  Homens e mulheres pintavam seus rostos e corpos, deixando-se enlevar pela dança, pela festa e pela embriaguez.







Muitas são as teorias e opiniões sobre a origem do carnaval. Mas em uma idéia todas elas convergem: a transgressão, o corpo, o prazer, a carne, a festa, a dança, a música, a arte, a celebração, a inversão de papéis, as cores e a alegria, fazem parte da matriz genética do carnaval.



A opinião de pesquisadores e historiadores sobre o carnaval não é unânime, tanto em relação à época do seu surgimento quanto em relação à origem da palavra carnaval. Há efetivamente duas correntes distintas na abordagem da origem da palavra e que se baseiam em duas oposições hoje presentes nas celebrações do Carnaval.



A primeira, em uma versão pagã, é a oposição entre a ordem e a desordem, entre o mundo visível e o quotidiano e as pulsões inconscientes, entre a representação e a vontade, entre o mundo que vemos e o mundo visto de cabeça para baixo. Nesta linha, a palavra carnaval teria a sua origem no vocábulo latino Carrum Navalis, os carros navais que realizavam a abertura das Dionísias gregas nos séculos VII e VI a.C., e onde a euforia e as inversões de valores se estendiam pelas ruas da cidade.



MANCHA VERDE-RITA CALHEIROS



A segunda oposição, com origem marcadamente cristã, é entre a quaresma e o carnaval, o nome carnaval dos termos do latim “carne vale”, ou “carnem levare”, isto é “adeus carne” ou “despedida da carne”, esta derivação indicaria que no carnaval o consumo de carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias de jejum quaresmal. A palavra surgiu quando o Papa Gregório Magno, o Grande, em 590 d.C. transferiu o início da quaresma para quarta feira, antes do sexto domingo que precede a Páscoa. Ao domingo anterior deu o título de “Dominica ad carne levandas”, expressão que se teria sucessivamente abreviado para “carne levandas”, “carne levamen”, “carneval” e carnaval, todas variantes de dialetos italianos, como o milanês, siciliano e o calabrês.



No Egito, na Grécia e em Roma, o povo de diversas classes sociais se reunia em praça pública com máscaras e enfeites para desfilarem, beberem vinho, dançarem, cantarem e se entregarem as mais diversas libertinagens.



 Muitas são, portanto, as interpretações da festa carnavalesca. Pagã ou cristã, libertadora ou característica da repressão, proveniente da cidade ou do campo, elitista ou popular, cósmica ou social, todos estes enfoques se enquadram, de um modo ou de outro, nela.



Marizilda de Carvalho




quarta-feira, 2 de março de 2011

CENOGRAFIA OU INSTALAÇÃO??

Hoje cada vez mais nos deparamos com produções artísticas, que nos fazem questionar, se se trata de uma cenografia ou uma  instalação.

Cenografia é a uma arte, técnica e ciência de projetar e executar a instalação de cenários para espetáculos. A cenografia é parte importante do espetáculo, pois conta a época em que se passa a história, e conta o local em que se passa a história, pelo cenário podemos identificar a personalidade dos personagens.


"A Cenografia era, para os gregos, a arte de adornar o teatro e a decoração de pintura que resulta desta técnica. No Renascimento, a cenografia era a técnica que consiste em desenhar e pintar uma tela de fundo em perspectiva. No sentido moderno, é a ciência e a arte da organização do palco e do espaço teatral.  Hoje, a palavra impõe-se cada vez mais em lugar de decoração, para ultrapassar a noção de ornamentação e de embalagem que ainda se prende, muitas vezes, à concepção obsoleta do teatro como decoração. A cenografia marca bem seu desejo de ser uma escritura no espaço tridimensional (ao qual seria mesmo preciso acrescentar a dimensão temporal), e não mais uma arte pictórica da tela pintada, como o teatro se contentou em ser até o naturalismo. A cena teatral não poderia ser considerada como a materialização de problemáticas indicações cênicas: ela se recusa a desempenhar o papel de “simples figurante” com relação a um texto preexistente e determinante."


Arte de instalações é uma manifestação artística onde a obra é composta de elementos organizados em um ambiente fechado. A disposição de elementos no espaço tem a intenção de criar uma relação com o espectador.

Uma das possibilidades da instalação é provocar sensações: frio, calor, odores, som ou coisas que simplesmente chamem a atenção do público ao redor.


A cenografia, compõe o campo das artes cênicas, enquanto a instalação o campo das artes visuais. Mas atualmente, muitas barreiras tem sido quebradas, e essas duas áreas, que antes andavam mais distintas, hoje em dia estão cada vez mais interligadas.

As apresentações teatrais não se prendem mais a um espaço físico, estão nas ruas, em museus, hospitais, eventos e diversos outros ambientes fora do teatro. Enquanto que as instalações  também, cada vez mais envolvem o espectador, possibilitando em tridimensionalidades, como as obras de Hélio Oiticica, cada vez mais, a interação, interferência do espectador com a obra, tornando-se parte dela.

obra de Hélio Oiticica

obra de Hélio Oiticica

Quer saber mais sobre Cenografia e figurino?

Então fique por dentro, estarei postando aqui novidades a cada semana. Abaixo estão alguns links de pesquisa sobre o assunto:


"O QUE É CENOGRAFIA?" OU "O Que Há Em Um Nome."
Anotações de Pamela Howard
para uma conferência no USITT,em 21 de março de 2001, em Long
Beach, Califórnia. (tradução: Fausto Viana)

http://mostraescolasoistat.files.wordpress.com/2010/06/pamela




A Linguagem cenográfica por Nelson José Orssi
http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/C%EAnica/Pesquisa/a_linguagem_cenografica.pdf



Cenografia virtual: conceitos e viabilidades por Natali Rangel em: 

http://www.webartigos.com/articles/32508/1/Cenografia-virtual-conceitos-e-viabilidades/pagina1.html#ixzz1FTFpvKbj